30 de mai. de 2014

UM DOMINADOR REVELA

Gorda e submissa: Tem coisa melhor?  



Quase sempre que conheço alguma mulher e revelo meu tesão por mulheres muito gordas, vem sempre a pergunta: 

_ Sr. por que aprecia as gordas? 

Isso, quero que saibam, não tem resposta. Geralmente respondo com outra pergunta: 

_Você gosta de maçã?_quando a resposta é sim, eu indago: _E por que?

Quase sempre não conseguem dar-me uma resposta plausível. Então, tudo que você possa enumerar como razão para gostar de maçã, posso também listar como sendo motivos para gostar de mulher muito gorda. 

Certa vez, no divã do meu analista, ao saber dessa minha preferencia sexual, ele disse: 

_Sua mãe era gorda, então está explicado. 

Ele acha que Freud explica tudo. Eu, não. Ora , se ele quer chamar meu tesão por gordas de complexo de Édipo, que chame, não ligo a mínima. Desde que tenha uma boa BBW¹ para dominar e me servir!!


Obesidade e submissão

Ocorre que, além de gorda, a mulher para mim tem de ser submissa ou masoquista, uma vez que sou dominador. Para a preferência por gorda submissa, tenho uma resposta, ah, sim, se tenho! – como veremos mais adiante.

A mulher gorda de uma forma geral já tem um certo viés de submissão, ainda que não admita isso. Ela se julga inferior, porque vivemos no mundo dos magros. Qualquer propaganda na TV que utilize modelo feminino vai explorar a magreza. Qualquer conceito de beleza feminina hoje parte da magreza. Aos magros, tudo; aos gordos, o inferno! Isso é o que está valendo no nosso e em outros países, embora não em todos, felizmente. Nos países árabes, por exemplo, as gordas são muito mais apreciadas. Vejam-se as dançarinas da “dança do ventre”. São gordas, bunda grande e quadris largos, delícias de mulheres!

Contudo, há mesmo uma séria discriminação, não só contra as mulheres gordas e obesas, mas contra as pessoas gordas de uma forma geral. Negros, judeus e homossexuais sofrem discriminação ainda, mas esta não se compara com aquela contra os gordos e gordas, porque a discriminação contra as gordas não é “punida”, digamos assim. Chamar alguém de bicha louca dá processo, chamar alguém de negro equivale a um xingamento, mas rotular uma mulher de gorda não dá nada. Quando muito provoca risos e zombarias. Num mundo assim, não admira que as gordas julguem-se inferiores. Claro que falo de uma forma geral, porque sei muito bem que existem aquelas gordas e obesas que são o contrário.

Então, concordamos que a mulher gorda é uma submissa nata. Justamente pelas razões que apresentei.


A origem da magreza

A origem disso tudo, quero dizer, da criação de um mundo dos magros, creio eu, está lá atrás, no começo da Revolução Industrial. Na Idade Média e mesmo antes, o conceito de beleza sempre foi a mulher cheia, seios fartos e quadris bem largos, coxas grossas e cintura fina. Quem duvida que pesquise os pintores renascentistas e verá. Podem até dar uma olhadinha nos anjinhos barrocos: alguém já viu um deles magrinho?

Com a Revolução Industrial isso mudou. Inglaterra e França precisavam vender ao mundo o produto de suas fábricas de tecidos, mas vender tecido em grande escala para mulheres enormes, ficava difícil e caro. Então, surge um novo conceito de beleza, uma nova mulher, que pagaria cada vez mais caro por cada vez menos tecido! As magras viraram moda. E adivinhem quem ditava a moda da época? Isso mesmo: Paris e Londres!



Gorda e submissa: Mulher ideal

Depois dessas divagações, creio que já posso tentar externar minha preferência – meu fetiche - pela mulher submissa gorda.

A gorda é muito mais submissa e delicada. Obedece mais. Adora o castigo que lhe é imposto e tem uma lealdade de cão para com seu dono. Se ele for um feeder², então, ela o atenderá e não hesitará jamais em engordar mais e mais, somente para satisfazê-lo. Uma gorda entende perfeitamente a diferença entre castigo e punição. Aquele é a fonte onde a submissa bebe, é sua razão de viver; esta é desagradável, repudiada e da qual tem medo. (*)

“Ora – direis – “qualquer mulher submissa tem essas qualidades!”. E eu vos direi, no entanto, que só a gorda desempenha melhor seu papel, porque tem um corpo farto, macio, uma carne que convida ao castigo, um ser que clama por ser humilhada mais do que já é na vida real, por tudo e por todos. Só a gorda sub tem amor à corrente que a prende, ao chicote que a açoita e ela, somente ela, agradece pelo castigo e pela tortura psicológica. Contudo, não é entediosa e procura cada vez servir melhor ao seu dono e Senhor que, por sua vez, entende e professa que a beleza é comum, é medíocre, ao passo que o Feio é a maravilhosa exceção, a delícia do único, do raro.

Nota (*) 

Por castigo entende-se o que é infligido à escrava no dia a dia das sessões, de acordo com a preferência estabelecida entre Senhor e escrava, ou seja: açoite, velas, prendedores, bondage, etc; 

_Por punição entende-se tudo o que o Senhor impõe à escrava em vista de um mau comportamento ou desagrado com tarefas não cumpridas, por exemplo. Vai de uma simples proibição de orgasmo por x dias até o veto a roupas, comidas e passeios que a escrava adora.


¹BBW = Big Beautifull Woman

²Feeder = Aquele que alimenta

SR. DOM de GORDA
Dominador, MG
Email: hmedeiros1950@bol.com.br


27 de mai. de 2014

Sem limites


Etimologicamente falando, LIMITE vem do latim “limes”, “caminho entre dois campos, fronteira, sulco” e em língua portuguesa, é um substantivo que sugere fronteira, barreira. Nas relações compostas dentro do acrônimo BDSM, o conceito de limite pode ser interpretado de forma intuitiva, pelo menos parcialmente.
Poderia escrever um tratado, mas vou experimentar o lado pessoal e abrir meus espaços íntimos. 
Quando iniciei a negociação com o Dono, o primeiro passo foi definir os limites. Daí surgiram muitas vertentes entre limites que são intransponíveis e limites que podem ser vencidos. 
No primeiro momento, estávamos rodeados de objetos e de conceitos que tiveram outra história, outras histórias, e então, submissa e Dominador traçaram juntos os limites da futura relação com base em nossas vivências precedentes. 
Entretanto, surpresa da vida, essa obra inacabada e inconstante! Eis que, mesmo depois de discutida e embasada, a relação que seria mantida na tríade do “são, seguro e consensual” passou para “risco assumido”. Não sei explicar em que momento aconteceu, mas acredito que foi quando as mãos do Dominador fecharam a coleira em meu pescoço e Ele empunhou o chicote.
Ele assumiu a responsabilidade, eu assumi os riscos; não há safe, não há limites, não há espaço para discussão. O que ocorre é uma confiança irrestrita de ambas as partes. 
O Dominador confia que a submissa é capaz de trabalhar seu aprimoramento físico e emocional e a submissa confia que o Dominador terá tenacidade de aplicar práticas e desejos toleráveis.
É um conceito diferente, onde a palavra limite dá lugar à palavra TOLERÂNCIA, que provém do latim “tolerantia”, que por sua vez precede de “tolero”, e significa suportar um peso ou a constância em suportar algo.
Ainda falando na forma intuitiva própria ao BDSM, tolerar é qualidade daquele que suporta com bom humor e amor as circunstâncias que não lhe são agradáveis ou prazerosas. 
Essa diferença de abordagem necessita ser preenchida por um requisito apenas: honestidade. A submissa não pode indicar que gosta ou que suporta práticas físicas ou  psicológicas além das quais está preparada, pois não há “safe” para lhe salvar, assim como o Dominador não deve praticar atos para os quais não está apto, pois inexistindo safe, as conseqüências podem ser sérias. E há conseqüências, pois ambos assumiram os riscos. Não tem rascunho, essa relação deve ser encarada com a maturidade daqueles que respondem por seus erros e acertos. Para a falta de contentamento só há uma cura: entrega da coleira.
Eu, submissa, preciso ter o dom de observar, escutar, sentir e até me antecipar aos anseios do Dono. Trabalhar os meus pontos fracos e oferecer a Ele seu desejo encarnado. É a busca pela perfeição, não a perfeição de mulher, mas a perfeição de submissa para os padrões e quereres do Amo, porque cada Dominador deseja um tipo de submissa. A mim, cabe identificar Seu desejo e me aprimorar.
Limites? Não, não há limites. Há apenas práticas ou situações que ainda não tive tempo de vivenciar. 

Bia de Melbor
escrava, SP


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Próximo Post:

"GORDA E SUBMISSA: TEM COISA MELHOR?"

Por: 
SR. DOM de GORDA

30/05/2014

20h

Não deixe de ler!

24 de mai. de 2014

Submissão e carência caminham de mãos dadas?


Quando escolhemos a submissão buscamos o prazer da entrega, e para isso acontecer, precisamos nos libertar das amarras da vida baunilha, de antigos conceitos, preconceitos, de vícios que não cabem nesse novo estilo de vida . 
Quando aprendemos a conter ou suavizar sentimentos negativos, encontramos o equilíbrio na nossa vida submissa e também fora dela. E assim nos moldamos, não apenas para estar mais próximas do que o DONO deseja e merece de nós, como também, para evoluirmos como pessoas. Há uma troca entre mulher e escrava, que permite à uma, fazer uso do que houver de melhor na outra e vice-versa, de forma que ambas cresçam. 

A entrega nos proporciona momentos de prazeres inimagináveis anteriormente, ela também nos traz amadurecimento, resistência, persistência, paciência... nos traz muito de bom. Mas ,também , pode trazer à tona emoções e sentimentos negativos .
A carência afetiva é um mal que pode surgir e abater a escrava, mas não necessariamente será assim !  

Nosso dia a dia é repleto de situações que nos levam à dependência , à instabilidade emocional, que, por sua vez, podem  nos levar a um estado de carência afetiva. 
Adoraríamos passar um pouco mais de tempo com ELES, ter um pouco de atenção,  mais carinho, mais compreensão ... enfim, um pouco mais do que é bom e todo mundo quer.
Não fosse a ciência que temos de que a entrega passa, em muito, por renúncias, por longas esperas, por adiamentos de planos, por dores em suas mais diversas formas, seria fácil nos deixarmos abater por sentimentos dos mais negativos e destrutivos.
Mas isso, apenas se não tivéssemos total clareza de que quem decide o que teremos é o DONO, seja a atenção de sempre ou algo especial, é ELE quem decide quanto e quando teremos esse algo. E é mais que natural e esperado que seja assim, afinal, trata-se de uma D/s, onde a troca de poder e a hierarquia prevalecem, ELES mandam e nós, não apenas obedecemos, como também, respeitamos e apreciamos que seja assim .
   
Sabemos que submissão não é uma tábua de salvação para ninguém, muito pelo contrário, para quem já vinha se afogando, ela pode ser a pedra que leva ao fundo do poço.
Carência é algo pessoal e intransferível, cada um deve cuidar da sua. Ninguém tira ninguém da carência, ou a pessoa sai sozinha ou continua la.
Munir-se de todo amor do mundo, achando que vai descarregá-lo em alguém e ser feliz para sempre é uma doce ilusão que termina amargamente.
Muitas vezes, somos nós mesmos quem nos enganamos e não o outro, é o nosso desejo e nossa mente que criam o cenário e nos coloca no centro dele, tornando-o quase real para quem está imerso nele .
Separar a ilusão da realidade, não é uma questão de ser submissa ou não, mas sim, de ser uma pessoa adulta que não pretende viver fora da realidade. 

Mas é cada um é que sabe de suas buscas e necessidades. E o BDSM abraça a todos, aqui temos liberdade para ser exatamente quem somos, aqui pode-se acreditar e tentar ser o que quiser.
Continuamos não tendo o direito de fazer com o outro que ele não permitir, mas conosco  podemos tudo, inclusive melhorar como pessoa ou permanecer sem dar um passo adiante!
Quem vem em busca da quebra das correntes baunilhas, encontra essa libertação. Quem vem em busca de vivências, encontra vivências. Quem vem em busca de aventuras, de sexo fácil, encontra também. Mas quem vem em busca de descarregar suas carências, não encontra quem aceite tal carga.

Somos humanas, mulheres com direito a erros, acertos, desejos e tudo que acompanha o universo feminino, incluindo a carência. Porém, quando escolhemos servir, aceitamos tudo que o acompanha, e temos que aprender a lidar com situações bem mais complexas que as habituais. 
Com a carências não é diferente, ela nos acompanha na entrega .
Entretanto, aprender a conviver em harmonia com a submissão é um pouco questão de escolha, de objetivo, de vontade, persistência, capacidade e de muito comprometimento com as escolhas feitas.
O que diferencia o nosso antes e o depois é capacidade que desenvolvemos para ressaltar o nosso melhor e suavizar o que não nos favorece. 

Somos todos compostos dos mesmos sentimentos que, dependendo da intensidade e constância com que se manifestam, com o modo que são trabalhados dentro de cada um e como são direcionados ao outro, podem se tornar negativos e até destrutivos.
O medo pode proteger, paralisar ou nos expor a um risco desnecessário. A saudade que aguça o desejo do reencontro, pode se tornar a carência que esmaga ou se tornar esquecimento. O ciúme que tempera, pode se tornar veneno ou indiferença. A dor que excita também pode abater ou sequer ser percebida como tal. Tudo depende da medida!
Ninguém está livre de ser pego, em algum momento ou situação, por uma dose maior que a habitual de ciúmes, paixão, medo, insegurança, dúvida ou alguma outra emoção ou sentimento circulando nas veias.

O fato de não nos deixarmos dominar pelo que temos como urgências, e não nos abatermos pelo que não temos, não significa que não desejamos um pouco mais DELES, tudo que é bom sempre desperta o desejo de ter um pouco mais. Até mesmo ELES, com tudo que nos extraem, continuam buscando extrair sempre mais, essa é uma das premissas da D/s. E não é sempre que a escrava caminha na velocidade deseja pelo DONO, mas nem por isso ELE vai simplesmente empurrá-la para acelerar sua caminhada, mas sim  conduzi-la, respeitando seu ritmo. Sendo assim, o que se espera do outro deve ser proporcional ao que ele tem a oferecer, e nada a mais .
Momentos de carência podem acontecer a todos, é o viver em estado de carência que pode ser destrutivo.     


luah negra
submissa, RJ
                                                                                                                                                                                     

21 de mai. de 2014

Refletindo sobre a submissão

A separação entre a realidade e a fantasia



Conhecendo as histórias de verdadeiras submissas sinto um acalento muito grande em meu coração. Vejo o fervor de sua entrega, o amor e a dedicação a seu Senhor, a devoção e a servidão acima de tudo e de todos, e concluo que tudo isto não é apenas como os versos de um poema que se escreve por admirar algo. É uma oração.

É muito diferente  quando nos colocamos abaixo da vida de alguém. Requer tenacidade e coragem para neutralizar a própria vontade, os próprios desejos e sentimentos por quem quer que seja, para fazer prevalecer o que sentimos pelo Dono. Esta vivência não se constrói do dia para noite, é algo que nasce conosco e, se genuíno, vai se desenvolvendo e se apurando, se aprimorando até se transformar em puro desprendimento de si mesma. 

Quando me descobri parte deste mundo a única coisa que vinha à minha cabeça eram as práticas. Ainda ignorava como seria na alma a entrega de uma submissa a seu Dono. Hoje, descubro que o BDSM vai muito além daquilo que imaginei viver e às vezes me pergunto: serei submissa? Serei masoquista? Onde me encaixo neste mundo de prazeres? 

Em um ano de BDSM, não sou e nem sei nada. A cada momento me descubro e me redescubro. A cada instante percebo em mim novos sentimentos e sensações que nunca senti, ou sequer imaginei possíveis de acontecer comigo. Ao escutar e ler os relatos das verdadeiras submissas (pois da mesma forma que existem os pseuDOMs, existem também as pseudoSUBs e em ambos os lados há pessoas falsas e aproveitadoras, pessoas que brincam com os sentimentos das outras), ao escutar essas mulheres que vivem o prazer na submissão, afirmo que são elas dignas do meu mais profundo respeito.

Não cabe fazer da submissão um cano de escape para frustrações vividas no cotidiano. Não cabe viver tudo isso como se fosse apenas um jogo. A submissa, por mais cuidados que receba do seu dono, viverá momentos que terá de cuidar de si mesma e dos próprios sentimentos, coisas que nem toda hora ao Dono deve mostrar, para não ser maçante.

Mas, não tem o Dominador que cuidar da sua sub? Realmente. E ele cuida. No entanto, será que esta submissa deverá revelar a ele todos seus anseios? Este é um dos inúmeros questionamentos que me faço, enquanto no meu mundinho fico a admirar as relações com suas belezas, seus brilhos, também com suas dificuldades, pois em todas as rosas, além da beleza e do perfume, existem também os espinhos. 

Assim  são as relações entre verdadeiros Dominadores e suas verdadeiras submissas. Não são fantasias, nem contos de fadas. São relações reais, com pessoas reais, com suas virtudes e defeitos, sujeitas a erros e acertos, tentando com honestidade e respeito, pois só assim podem se aproximar do ideal.

Vivi Escarlate
submissa, AL

17 de mai. de 2014

Igualdade X Desrespeito


Após atravessar a linha divisória do lado baunilha para a submissão passamos a ter um olhar mais crítico sobre as relações baunilha, até mesmo para as que tivemos. 
A submissão nos confere um entendimento maior sobre essa dinâmica, não me perguntem o porquê, talvez seja pela depuração do olhar para o outro, o melhor entendimento dos processos do pensamento masculino em sua crueza e esplendor, o cultivo da temperança, da paciência para com essas diferenças ou a posição que ocupamos. 
Talvez o olhar de baixo, ao contrário do que se possa imaginar, nos dê uma visão mais privilegiada e a verticalidade das relações D/s, por nos libertar das comparações e anseios de igualdade nos levem a uma compreensão resignada que, longe de ser nociva, leva a um entendimento do outro nunca antes experimentado.
Relações baunilha são obviamente relações de igualdade. Não existe hierarquia, os dois têm os mesmos direitos. A questão aqui é até onde vão esses direitos nesse tipo de relação e onde se atravessa a fronteira da igualdade para o desrespeito, a invasão.
Numa relação D/s o poder é ofertado ao outro, é dado de livre vontade àquele que Domina e nesse caso qualquer atitude invasiva está plenamente justificada e, muitas vezes, desejada.
Numa relação baunilha, onde há um acordo implícito de igualdade de direitos, até onde iriam de fato esses direitos?
Falando especificamente pelo lado de cá (ou de baixo, como preferirem), o da mulher em relação ao homem - até porque é esse o único lado que conheço - o homem necessita de sua individualidade. Precisa ser um para estar bem a dois. Precisa estar consigo mesmo, antes de mais nada, para se relacionar bem com a parceira. "Nós" significa "eu e você", não uma unidade de dois.
"Vou encontrar um amigo de infância para tomarmos um chopp" não deveria vir acompanhado da pergunta "posso ir junto?"... por tratar-se de outra história, outra caminhada onde pode ser que não caiba intromissão.
Pesquisas indicam que o homem é diferente da mulher em sua essência. Não bastasse o lado físico, que é óbvio, existem as diferenças psicológicas, comportamentais; o homem com sua lógica e a mulher com sua abordagem emocional já torna difícil essa comunicação. Mais difícil será se tentarmos invadir esses espaços sagrados.
Sexo-amor-amigos-família-trabalho são nichos em que o homem se insere mas que geralmente coloca em espaços separados não misturando tudo em um só balaio como nós que queremos apresentar o companheiro às amigas, aos colegas de trabalho, à família e trazê-los sempre conosco para todos esses grupos. Eles separam. E muitas vezes desejam viver essas histórias separadamente fazendo uma ou outra concessão à parceira para participar desses nichos.
Nesse caso, escravas e submissas têm maior compreensão dessa dinâmica, da não-invasão desses espaços ficando a cargo e expressa vontade do Dono inserí-las ou não nesses vários contextos.
Hoje causa-me espanto ver mulheres que em total desrespeito ao parceiro revisam contas e aparelhos celulares, abrem correspondência, invadem contas de email etc numa evidente falta de respeito à individualidade do outro, ferindo sua  dignidade enquanto macho; práticas que hoje em dia a própria justiça já considera criminosas


O diálogo sincero sempre será melhor saída que esse tipo de violência invasiva que acaba por minar as relações.

Por isso, agradeço ter conhecido a submissão que me deu a oportunidade de perceber o quanto de desrespeito reside nessas atitudes, lição que levarei sempre comigo para a vida baunilha também.

Vita_ST 
Feliz propriedade do Senhor da Torre

11 de mai. de 2014

Um escravo submisso Ensina


Jogos de Sedução e Poder


A sedução é a mais forte e a mais subliminar forma de poder que temos e
é justamente nesta subliminaridade que reside seu poder.

Tudo o que seduz é ou tem poder

A sedução altera, muda, influencia, perverte sem que o seduzido perceba. Porém, nem toda forma de poder, e os atos que dela decorrem, advêm da sedução.
Seduzir é convencer, persuadir, induzir alguém a agir, ou pensar de forma diferente da que normalmente faz, alterando suas crenças, verdades ou paradigmas: PERVERTER.
Ainda que muita gente entenda a sedução apenas no plano amoroso/sexual, toda forma de relação interpessoal é um campo propício para que tal aconteça.

Quando discutimos um assunto qualquer, e ideias contraditórias são colocadas (futebol, moda, SSC x RACK...), temos um confronto de opiniões, onde cada participante tenta seduzir os demais às suas ideias e/ou convicções.
Em nosso cotidiano estamos sempre seduzindo alguém à alguma coisa. O problema é quando pensamos sempre em “convencer” em detrimento do seduzir.

Seduzir é o meio, convencer é o fim. Seduzo para convencer, e não o contrário.
Há ainda outra questão entre convencer e seduzir. Ainda que o objetivo, lá no fim, seja único, podemos alcançá-lo por caminhos diferentes.
Há o convencimento sem sedução, mas quem seduz (focado num propósito) sempre convence. Posso convencer alguém pela insistência (cansaço) e até por meio da força; ou seja, sem seduzir.

Em qualquer relação onde há uma hierarquia, a própria verticalização de níveis de poder é um fator de convencimento ou facilitador deste. Se aceita, dentre outros motivos, pela ascensão inerente à hierarquia.

Seduzir é diferente. Seduzir é a arte do engodo, da artimanha, do ardil. É fazer com que acreditem na nossa verdade, vencer as resistências a determinada ideia ou comportamento.

Seduzir é como jogar xadrez: Ofereço-te a vantagem de uma torre e depois pego tua rainha. Faço-te gostar e desejar o que antes consideravas ruim, fora de propósito ou até abominável.


Seduzir é o convencimento 
através da astúcia e da inteligência

O sedutor não impõe, mas faz com que o seduzido queira, deseje e “imponha a si mesmo” recusando o princípio da sua realidade, em favor de uma aposta no devaneio que lhe é proposto.

Pensar BDSM sem estas coisas é um tanto esquisito, principalmente na ótica D/s. Há Dons e Dommes com um incrível poder de seduzir a quem cruze seus caminhos, suas potenciais “vitimas”. Entendo esta característica como condição “sine qua non” para, pelo menos, admirar alguém na condição de Top.
A relação sedutor/seduzido é algo extremamente prazeroso. Um jogo de estratégias onde as armas são as mentes dos envolvidos.

Normalmente quem seduz tem ciência do que faz, mas o outro lado nem sempre percebe de imediato. Porém, quando ambos têm a percepção desta ação, temos um embate que transcende até mesmo a lógica.


Há um sentimento sádico e masoquista 
que incita sedutor e seduzido respectivamente. 
Ambos se tornam reféns da perversão e da morbidez.

Ao sedutor interessa o poder, por isso seduz. O seduzido resiste à ação do primeiro e, desta forma, abandona a passividade inicial tornando-se, ainda que não percebendo, também sedutor.
A sedução iguala os dois lados. Não mais há sedutor ou seduzido, e ambos se permitem à sedução da SEDUÇÃO.

Escravos da Sedução 

Neste jogo ambos perdem a autenticidade 
e sabem que o oponente é também inautêntico. 

Somente seres "metamorfoseados" se entregam à sedução. 
É, portanto, um jogo onde a hipocrisia é fundamental!

A sedução não é privilégio de Tops ou submissos, mas sim de seres inteligentes, manipuladores, maquiavélicos. Reais dominadores independentemente do papel assumido no BDSM.
Normalmente vemos Tops exercendo a sedução sobre suas peças, mas não é raro haver situações em que se invertem os papéis. Afirmo hipocritamente sem duplo sentido.
Não vejo, contudo, demérito em tal situação. Afinal a inteligência é como a sombra. O sol nasce para todos, mas a sombra...

Ao sedutor resta, em tese, o gozo da intenção concretizada
ou uma possível nova realidade.

Ao seduzido, o gozo da entrega, 
ou um sabor diferente...

O regozijo, um direito de todos.


Werther von AY erschaffen
escravo submisso





7 de mai. de 2014

A Paixão e o BDSM



Estes quase 16 anos de vivência submissa me tornaram uma pessoa melhor. No decorrer deste tempo passei por algumas situações difíceis, outras tantas de muitas alegrias.  Todas me fizeram manter o foco na obediência aos ensinamentos e no aprendizado, pois para viver bem o SM é necessária a disposição para aprender sempre.

Desde o início na servidão, nunca pretendi o amor  do Dono. Seu respeito pela minha entrega, a consideração, o desejo, sobretudo o orgulho de ter a mim como sua propriedade sempre fizeram com que me sentisse feliz.

Também, não pretendi me apaixonar, por que sempre pensei que paixão e servidão não seriam boas companheiras. Temo a paixão, ciente que ela jamais caminha só. Traz consigo a  negatividade dos ciúmes e dos desejos de posse, tudo que, se não é bom em uma relação baunilha, não é permitido à uma escrava em relação ao seu Senhor.

No meu raciocínio, uma escrava deve amar o Dono, adorá-lo. Dedicar-se com afinco em dar-lhe prazer, sempre firme no propósito de não passar daquilo que Ele deseja e pretende. Apaixonada, será que uma submissa conseguiria ter este controle? A paixão deixa alguma brecha para o autocontrole? Não creio. 

Entretanto, se tudo caminha com harmonia, laços poderosos de afeto se estabelecem e na relação haverá momentos de picos de paixão por parte de um, de outro, ou o que é melhor, por parte de ambos. 

De resto, a ansiedade deve ser contida, controlada, e o foco deve estar na confiança, na obediência, no cumprimento às ordens, na atenção aos ensinamentos e no respeito. Se assim for, e se quem Domina resistir a não salivar diante da imagem de sua submissa se corroendo de paixão, será bem provável que tudo caminhe a contento.

Prova disso são as relações duradouras que vemos no meio. Muitas delas que duram até mais do que relações baunilhas  onde atualmente a palavra cumplicidade anda tão esquecida.
Mas, vocês hão de me perguntar:

_E então, Amar, agora, perdidamente apaixonada, o que fará quanto aos seus sentimentos em relação aquele que te rege? Será, como diz o velho ditado: "Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço???

_Minhas amigas, ai de mim... rs... mas, eu lhes digo que tenho fé no comando e nos ensinamentos daquELE que me conduz, afinal a guia da minha coleira está em suas mãos e todos os meus desejos e sentimentos estão sob os pés dELE. 

Continuo achando que serve melhor aquela que ama e adora sem paixão. Mas, quem disse que é possível controlar o coração, este selvagem e indomável cavalo? 

Amar Yasmine
a escrava encantada do
SENHOR DIABLO


4 de mai. de 2014

Conversa entre submissas II - Por que os Donos mentem?



_miVitAmada, olha só que lindo o que Mário Quintana escreveu:


Todos tem seu encanto: 

os santos e os corruptos.

Não há coisa na vida inteiramente má.

Tu dizes que a verdade produz frutos...

Já vistes as flores que a mentira dá?


_Que flores, Amar, que flores ? Você é mesmo uma romântica... Só se for a Titan Arum.

_Titan Arum?

_É, Amar, Titan Arum é a flor conhecida como Flor Cadáver. Ela tem cheiro de carne podre. E nem precisa fazer esta cara de espanto, porque ao contrário da mentira, a Flor Cadáver tem lá suas utilidades.

_Como eu invejo a sua memória, miVita!

_Minha memória é boa mesmo. Por isso não esqueço quando alguém mente pra mim.

_Então me fala que utilidades tem a tal da Titan Arum...

_O cheiro de carne morta é para atrair besouros e moscas que se alimentam de carne em putrefação.

_Uai - como boa mineira - por isso não, a mentira também tem suas utilidades. Ela não é de todo ruim. 

_ Agora sou eu que te pergunto qual é o lado positivo da mentira, Amar, se a finalidade dela é enganar ?

_A mentira é inerente ao ser humano, minha amiga. Eu parto do pressuposto que não sou só eu que digo a verdade. Se sou verdadeira, presumo que muitos devem ser. Mesmo assim, todas as pessoas um dia mentiram, mentem, ou vão mentir. Quem disser o contrário já está mentindo.

_Tá certo, mas e a utilidade das mentiras?

_Ah, tem um monte...  Existem as mentiras bem intencionadas, a começar pelas mães:

Filho, coma tudo pra ficar grande e poderoso como o Super Homem” 

O Natal está chegando, se vc ficar boazinha Papai Noel vai trazer um monte de presentes pra vc” 

O coelhinho da Páscoa vai trazer surpresas pra toda criança obediente

_Rssss... verdade, Amar, têm as mentiras de sobrevivência também:

Mãe, vou dormir na casa de uma amiga

E aí, chefia, cheguei atrasado por causa do trânsito

Desculpe aí, teacher, não fiz o trabalho pq ta sem luz lá em casa


_A mentira está em toda parte, miVita, tem também as mentiras históricas:

O verde da Bandeira do Brasil representa nossas matas e o amarelo é o nosso ouro... rs...  quando, na verdade, são as cores das famílias Orleans e Bragança._O que você ta pensando, amada, a memória da sua loura “as vezes” funciona... rs..

_Amar, é sério, nunca tinha pensado nisso, mas até na lei encontramos mentiras, que deprimente:

"Todos os homens são iguais perante a lei"

_Sim, e o governo então? Mente descaradamente quando diz que a taxa de inflação foi menor do que a esperada. E nosso bolso diz justamente o contrário, né?

_ Sim, e nem precisamos citar as mentiras publicitárias, as médicas, as das convenções sociais... E por aí vai.

_Eu sei, nem todas as pessoas, aliás a grande maioria, estão preparadas para ouvir a verdade... Por isso as mentiras... que tristeza!

_Mas, existe um lugar onde a mentira não cabe, Amar. Uma relação onde as mentiras, mesmo as de sobrevivência são completamente desnecessárias: a relação D/s. 

_Eu sei, miVitAmada, onde já se viu uma submissa mentir pro Dono?

_Claro que não tem cabimento, Amar. Mas eu estava me referindo ao Dono não precisar mentir para sua submissa. 

_Não precisa, mas pode. Veja bem: diante de tantas mentiras contadas por todos a todos, por que o Dono, que é a pessoa mais importante da nossa vida, que tem a posse do nosso corpo e da nossa alma, esta criatura divina a quem escolhemos para conceder TODO o poder sobre nós, por que Ele não pode de vez em quando contar uma mentirinha que é logo retalhado em praça pública?

_Justamente por isso, Amar, se damos a ele TODO o poder sobre nossas vidas, por que precisará mentir? O elemento essencial de uma relação D/s é a confiança, não é? Para haver confiança é preciso que haja verdade. Então...

_Bom, eu sempre disse, e continuo a dizer, que as mentiras do Dono devem ser as verdades de sua submissa. Se mentem é pq têm inclusive esta prerrogativa. Tudo bem, eu sou uma submissa xiita... rssss.. E pq não pretendo que pensem como eu, passo a pergunta adiante:



"Por que os Donos mentem?"


Amar do SENHOR DIABLO

Vita_Senhor da Torre

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"A Paixão e o BDSM"

por Amar do SENHOR DIABLO

07/05/2014

20h

1 de mai. de 2014

O Real Valor de Uma Coleira


Desde que comecei a servir a meu Dono, houve um dia que foi o mais especial de todos, que superou os melhores momentos que já tivemos juntos, e este, foi o dia que recebi de suas mãos minha primeira coleira.

Se há, hoje, para mim, motivo de orgulho, posso dizer que este orgulho está diretamente ligado ao fato de eu portar em meu pescoço uma coleira, que fora colocada por meu Senhor. Não estou me referindo a uma coleira qualquer: é a MINHA coleira! É aquela que meu Dono escolheu para mim (que, no meu caso, confeccionou com as próprias mãos), é aquela que hoje me identifica como sua propriedade! Lembrando desse dia maravilhoso em que a ganhei, comecei a refletir no quanto é honroso para uma escrava portar a coleira de seu Dono, e do quanto é profundo seu significado.

Vejo com tanta tristeza o quanto, hoje, tem sido banalizado o uso de uma coleira! É tanta troca-troca... tira daqui, coloca ali, pega outra acolá... "- Assim não está bom, pega de volta que eu vou atrás de outra"! Não é incomum, hoje em dia, vermos as pessoas trocando de coleira como quem troca de roupa – ou de acessório... banalizou, é a verdadeira “dança das coleiras”, como costumamos brincar, meu Dono e eu.

Mas, quem bem conhece o real significado de uma coleira, sabe que não há joia neste mundo, por mais cara que seja, com a qual ela possa ser comparada. Pensando em meu encoleiramento, cheguei a algumas conclusões, que hoje compartilho com vocês. Sempre dizemos que a coleira é o sinal da posse da escrava a seu Dono, e realmente o é, mas consigo enxergar um significado que vai além disso.

Se bem observarmos, é na coleira que a guia é colocada, o que nos leva a uma reflexão mais profunda quanto ao seu significado. Quando vejo minha coleira, entendo que existe uma mensagem que este “adorno” carrega em si: muito mais do que um sinal de posse, quando eu a uso em meu pescoço, estou dizendo a todos que posso ser guiada por aquele que a colocou em mim! Significa que, onde quer que eu esteja, existe alguém que irá determinar se irei para a direita ou se irei para a esquerda, se irei para frente ou se irei para trás. É meu Dono quem irá determinar se fico parada, ou se devo caminhar... a guia está nas mãos dele, e é ele quem decide para onde me levar. É meu Dono quem decide se caminharei ao lado ou se caminharei atrás. Possuir uma coleira em meu pescoço significa, então, que não sou mais eu quem escolhe meus próprios caminhos, há quem os decida por mim - é esta, talvez, a maior representação de dependência de alguém.

Portar uma coleira, portanto, é, para mim, estampar com orgulho o que representa a total confiança que tenho ao me entregar àquele que se fez meu Dono. Digo isso, simplesmente, porque não se deixa ser guiada por quem não se confia! Para me deixar guiar, é necessário que eu tenha uma confiança cega de que, não importa para onde meu Senhor irá me levar, sei que ele me levará para um lugar seguro. Independente de onde eu vá, estou sendo cuidada por ele e, se minha vida hoje é lhe servir na totalidade de meu ser, é nas mãos de meu Dono que está a direção que devo seguir.

Se meu Senhor tem minha guia em suas mãos, estou tranquila, porque sei que, se houver pedras no caminho, é ele quem me guiará para me desviar – ou não! Talvez ele até decida que tenho que passar pelas pedras, afinal, se ele assim o faz, com certeza, sabe por quê. Se começar a chover, é ele quem irá me guiar para o abrigo. Se o chão estiver quente demais, quem sabe até ele me pegue no colo pra não queimar meus joelhos e mãos... Mas, se ele achar que eu aguento passar pelo calor, tudo bem, porque depois sei que ele cuidará de mim. Enfim, não importa a direção que meu Dono me der, não importa o caminho que irei seguir, a finalidade será sempre uma só: servi-lo como ele quer!

A propósito, não somos nós, a maioria, chamadas por nossos Donos de cadelas? Engraçado que esta sempre foi para mim a expressão mais chula e depreciativa que já ouvi com relação a uma mulher, no entanto, hoje vejo o quanto isso deixou de ser pejorativo pra mim, passando a ter um significado muito mais belo, afinal, uma cadela é a mais fiel de todos os animais! A cadela é quem possui amor incondicional a seu Dono... a cadela não faz nada para receber algo em troca, não há egoísmo em seus sentimentos... o amor de uma cadela é o mais puro e o mais sincero. Não importa se o Dono acabou de brigar, disciplinar, ela está feliz por pertencer a ele, e jamais desejará ter outro! Se o Dono está feliz, ela está feliz... se o Dono está mal, ela sente o mesmo, mas não fica parada, antes, faz de tudo para agradar e não descansa até devolver-lhe o sorriso no rosto!

E, se é para falar de significados, existe um predicativo que não posso deixar de mencionar, que tão popularmente conhecemos, e que tão bem define uma cadela: um ser “fiel”! Sim, fiel! E é isso o que nós, escravas, somos... é assim que eu sou para com meu Dono: sou a escrava fiel, que se alegra com sua alegria, ou que trabalha contra sua tristeza! Sou a escrava cuja maior felicidade do dia é estar em sua presença! Sou a escrava que baixo a cabeça para receber a guia, e que me deixo ser conduzida para onde ele determinar. Sou a escrava que, aconteça o que acontecer, é ao lado de meu Dono que estarei, e dali não sairei.

E, como boa cadela que sou, minha maior honra e orgulho é pertencer ao meu Senhor! Sou uma cadela de coleira! Ouso ainda dizer que, mais do que uma coleira em meu pescoço, possuo hoje a mais importante delas, que é a coleira portada na alma! Se eu não a tivesse em minha alma, o que levo em meu pescoço não passaria de um simples acessório! E sou tão feliz por tê-las...

Diante de tudo isso, digo ainda, que não existe maior honra para uma escrava que portar a coleira de seu Dono, assim como, de igual maneira, não existe maior honra para um Dono que olhar sua escrava, e vê-la na mais bela expressão de seu ser: olhos devotos, a baixa cerviz, e uma coleira, a Sua coleira, atada em seu pescoço!


Cedna_Steel
escrava, SP


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Conversa entre submissas II

dia 04/05/2014

20h

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