Tentamos, durante o ano de 2015 passar o que pudemos de melhor sobre o tema em textos, informações, trocas proveitosas porque esse é nosso objetivo: informar a respeito para que a essência do BDSM não se perca.
Esperamos ter ajudado. Nossos números, algumas centenas de milhares de visualizações, comprovam que nosso objetivo tem sido atingido.
Nós, do escravas & submissas, estamos felizes por isso e desejamos a V/vocês, nossos leitores, um Natal de muita luz, paz e amor.
E para 2016, a esperança de muitos encontros, muitos pares - ou trios, quartetos, o que for - se formando e vivenciando muitos prazeres; muitas amizades e parcerias nascendo, muito BDSM na vida de todos N/nós!
Não poderíamos terminar o ano sem deixar um presente para nossos leitores: um conto de Natal... BDSM!
Agradecemos sua presença durante o ano de 2015 e esperamos V/vocês em 2016, de braços abertos.
Boas Festas a T/todos!
Carinhosamente,
*escravas & submissas*
*escravas & submissas*
O Presente
Um garrafa de vinho e taças para beberem juntos ? Um presente embrulhado com um grande laço de fita ? Um cartão de boas festas , com uma bela mensagem dele ? Também , não .
Do que se espera ter num encontro comum , ele nada levou...
Para um de seus encontros incomuns , objetos , ideias e desejos nada comuns .
Ele levou velas... Mas esse ainda não era o presente .
E não era para iluminar , para aromatizar ou decorar o ambiente... não era para deixar o encontro romântico . Não .
Eles sabiam o exato propósito delas .
Ele levou velas , vendas , mordaça...Mais que isso , ele levou o melhor de si , foi acompanhado da ideia de torturá-la como nunca .
Velas para fazer arder a pele daquela que o aguardava...vendas para causar expectativa...mordaça para que não houvessem gritos ou pedidos de clemência .
Ela sabia o que a aguardava e , também , levava algo para ele ; o desejo de ser levada ao limite .
O primeiro objeto saiu da bolsa ; a coleira de sessão . E foi da bolsa , diretamente , para o pescoço dela.
Em seguida , saiu o rolo de silver tape . Braços postos para trás e atados com a fita .
E mais um pedaço de fita foi cortado , esse era para selar-lhe a boca .
A partir dali , ela não diria nem mais uma palavra...elas seriam apenas ouvidas e respondidas com sinais de sim e não , feitos com a cabeça .
A fita a calou e imobilizou . Seus olhos , no entanto , ainda podiam acompanhar a movimentação...Não por muito tempo .
Logo , nem isso lhe restou . Sua última visão fora das vendas na mão dele .
E tudo fez-se breu...silêncios...expectativas...desejos .
Ela não precisava falar...
Ele sabia exatamente do misto de sensações que a envolvia...Todo aquele clima se traduzia em umidade .
Por maior que fosse a tensão de estar ali , a mercê dele , sem saber o que viria a seguir , a umidade entre as pernas não lhe permitia negar o quanto estava excitada .
Ele não se furtava de inspecioná-la... tocava-a com uma ausência de gentileza , que não apenas revelava sua excitação , mas ainda a intensificava .
Ela não precisa ver...
Sabia exatamente o quanto Ele saboreava aquela situação .
O calor do momento fazia-se antes mesmo da vela ser acesa e não acontecia apenas para ela...
Acendê-las já fez seus olhos brilharem...eles brilhavam , mesmo não vendo , ela podia perceber tal efeito .
Eles brilhavam...não pelo efeito da chama que se encontrava em sua mão . Não .
O prazer de vê-la ali , na tensão da espera , na excitação , na restrição , produzia um brilho muito peculiar aos olhos dele...
Eles brilhavam , ela tinha certeza disso .
Mais que brilhar , eles se tornavam misteriosos , impenetráveis , quase assustadores...
Quando podia vê-los , era assim que ela os interpretava .
Junto a esses pensamentos , recaíram-lhe os primeiros pingos...Um após o outro , a pele ia sendo testada , reações sendo analisadas , entranhas sendo inspecionadas .
A cada toque , uma nova sensação surgia ... de agradável e excitante , para o ardente , o suportável , o torturante...
A pele estava sendo levada ao limite...a distância entre a vela e a pela era mínima possível...estava insuportável .
Seu corpo encontrava-se indefeso...e em agonia .
Cada pingo era um tormento para ela e um delírio para Ele .
Dor ? Prazer ? Dor e prazer ? Ela sequer sabia o que sentia , o que expressava ou o que queria .
Sua única certeza era que ele se deliciava com a sua agonia...essa certeza ajudava suportar a experiência...
Estar nas mãos Dele lhe dava forças para suportar até o insuportável .
Ao fim , a recompensa ; ver a satisfação em seu olhar , falar , tocar...senti-lo .
Ver o prazer que dele transbordava e ter o merecimento de lambuzar-se Nele .
E ela recebeu o seu presente ; a satisfação de dar prazer... o prazer de ter prazer com Ele .
Deu-se a comunhão da lascívia .
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