26 de fev. de 2015

A submissa verdadeira



Estamos sempre procurando pelo verdadeiro em nossas vidas.
Queremos sempre encontrar o amor verdadeiro, o amigo verdadeiro, a felicidade verdadeira e até o whisky verdadeiro, afinal, ninguém quer ter dor de cabeça no dia seguinte. Rs.
Mas tudo muda de figura quando a busca é por uma verdadeira submissa.



A expressão hoje em dia parece ser ofensa, falar em verdade na submissão faz as veias saltarem e logo aparecem textos, discussões e grandes teses defendendo a liberdade de opinião, de conceitos de verdadeiro e falso, de diferenças de personalidade e de busca.
Concordo que cada dom tem seu ideal de submissa assim como também tenho o meu. E isto é assunto pessoal.



Mas existem algumas características que são (ou deveriam ser) gerais, na minha opinião. E sei que isso vai desagradar algumas pessoas mas meu compromisso é com a verdade, mesmo que a verdade hoje em dia pareça ter virado um conceito subjetivo onde cada um tem a sua, mas não estou aqui para agradar ninguém ou para conseguir bocetinhas, isso encontro em qualquer lugar. 
Uma submissa verdadeira, não.





submissão 
sub.mis.são 
sf (lat submissione) 1 Ato ou efeito de submeter ou submeter-se. 2 Disposição a obedecer. 3 Humildade. 4 Sujeição. 5 Humilhação voluntária. 6 Obediência espontânea. Antôn (acepção 3): arrogância, altivez.

A definição de submissão é bem clara, não sobra espaço para dúvidas sobre o que é e o que não é. Em algumas coisas não existem meios termos.
Mas deixando de lado as definições, para mim, uma  verdadeira submissa deve ter prontidão para servir. É assim que a reconheço, por estar disposta, estar aberta por ser essa sua vontade e seu prazer.
Não por estar carente, por estar na moda, por esperar receber vantagens financeiras, exclusividade e mil outras exigências.
Exigências não fazem parte do comportamento submisso. 




Ela não espera por aquele que vai lhe dar o que precisa; espera por aquele a quem ELA vai querer dar o que tem necessidade de dar: sua submissão.
Sabe, que vai trabalhar para conquistar seu lugar aos pés do dono e até em seu coração. Que vai, talvez, até conseguir exclusividade, não por exigência mas por seu comprometimento.
Está aberta a testar seus limites e se algo realmente a incomoda vai colocar isso com docilidade e humildade e será compreendida.



Docilidade e humildade são essenciais. Nada mais broxante que a arrogância. 
Sabemos que a submissão vale ouro, mas não precisamos ser lembrados disso a todo momento. Se precisa lembrar a todo momento seu valor é um sinal claro que nem ela mesma acredita nisso; ou que escolheu a pessoa errada para servir.
Ser inteligente e proativa. Submissão e obediência não são sinônimos de personalidade fraca ou de pessoas robotizadas. São sinais de força.



O verbo para uma verdadeira submissa é conquistar, não exigir.
A qualidade para uma submissa é humildade, não arrogância.
A missão para uma submissa é servir, não ser servida, porque ela tem verdadeiro prazer nisso. 
Prazer. Satisfação. Realização.
Submissas verdadeiras existem? Sim, ainda acredito.
Apenas são difíceis de encontrar em meio a um oceano de pessoas buscando outras coisas que não o ato de servir. E isto é fácil identificar.
Centenas, talvez milhares, de rostinhos bonitos e corpos perfeitos mas, almas vazias para a submissão. 




Mas existem sim e isso se percebe na candura do olhar, na suavidade dos gestos, na brandura no falar, na humildade que a torna grande e na força que emana pois, em sua feminilidade ela é forte, corajosa, disposta.
É ela a submissa verdadeira.


William Gama
Dom

18 de fev. de 2015

Domínio - alimento de corpo e alma


Relacionamentos, sejam eles de família, de amizade, de trabalho, amorosos, sexuais ou de que tipo for, necessitam dos elementos específicos que os caracterizam.
Numa relação entre Dominador e submissa, a característica principal é o domínio e a submissão. Nela, não pode haver quedas de braço de forma alguma, sendo assim, o empenho das partes envolvidas se faz ainda mais necessário, para que um seja um, que o outro seja o outro e que se entendam como se fossem um só. 


Estando as posições bem definidas, espera-se que cada um faça a sua parte e que o comando esteja sempre nas mãos Dele. Afinal, entrega de poder é entrega de poder e ponto. 
Basicamente, a submissa, que está entrando numa D/s, espera que o Dominador exerça domínio sobre ela. Seus anseios são de ter sua submissão reconhecida, alimentada e valorizada.
Não sentir a força do controle sobre si seria no mínimo frustrante.  
Assim como o corpo, a mente submissa espera ser tocada, trabalhada, moldada e conduzida por Ele e para Ele. Mente e corpo trabalham conjuntamente e precisam ser alimentados. 


O prazer de se submeter está em sentir o prazer  do Dominador de possuir, comandar,  disciplinar, de usar sua escrava como quiser e até de não usar se não quiser.
Há satisfação na obediência, no cumprimento de tarefas e até nas proibições. Sentir a força desse poder sobre si faz brilhar os olhos, tremer as pernas e melar as entranhas.
Por-se à disposição para servir e ver a satisfação Dele em servir-se da submissa é como ter uma mesa farta para banquetear. 
Pertencer, saber-se posse, a propriedade Dele, estar ali para servir e agradar a Ele, sendo tudo ou sendo nada, mas, sendo Dele.   


Acredito...
Na entrega que não acontece apenas por modismo, capricho ou qualquer outro motivo que não o prazer de entregar-se ao Escolhido.
No poder das marcas desenhadas além da pele e na entrega além dos grandes feitos que reluzem ao longe. Mas sim que o orgulho de submeter-se exista em todos os momentos, até nas atitudes mínimas, silenciosas e invisíveis, nos momentos em que ela só pode ser sentida.
No poder do domínio em que o empunhar do chicote não seja a única forma de exercê-lo.
Que não sejam as algemas, cordas, correntes e grades as únicas formas de prender a submissa.


Desejo...
Que as afinidades em comum se façam desejo, tesão, prazer e satisfação de corpo e alma.
Que os que buscam por uma D/s completa a encontrem, e que os que desejam menos, também o tenham, mas que seja com quem busca pelo mesmo.
Que a fome não seja apenas a da carne e que ela não seja saciada apenas na cama. 
Que a submissão seja bem alimentada para que o prazer não seja fugaz e vazio.
Que as negociações não se tornem negociatas, onde as palavras são sejam meias e as verdades são  metades.
Que os limites de cada um não sejam usados como limitações, intransigências, egoísmos ou mesquinharias que impedem de ver que o outro também tem seus limites e necessidades. Mas que eles sejam compreendidos, respeitados e, se possível, que J/juntos possam superá-los.
Que não falte comprometimento entre os que se propõem a vivenciar algo e que não falte cumplicidade para solidificar os objetivos.


Sugiro...
Que não esperemos pelo homem, mulher ou cenário perfeito para vivenciarmos as nossas escolhas, pois, a perfeição é a ilusão que nos impede de tornar o imperfeito o mais perfeito possível.
Que não falte o entendimento de que, com exceção do que se pode comprar, nada vem pronto para consumo. Se a grama do vizinho é mais verde é porque ele trabalhou até que ela ficasse assim e não se descuida da manutenção da mesma. Mas quando se passa mais tempo olhando pro lado, descuida-se do que está bem diante de si.
Que se tenha, primeiramente, controle de si mesmo, para só então controlar ou buscá-lo no outro. 



Entendo...
Que, por mais glamourosa que pareça, nenhuma relação é tão perfeita que nada falte à uma das partes ou à ambas, mas, esse algo a menos pode se tornar um algo a mais, um motivador, um estímulo, uma razão ou um desafio a impulsioná-los na busca de algo mais profundo.
Se a D/s é um jogo, que seus participantes tenham em mente que é um jogo de equipe e que ou todos são vencedores ou todos saem perdedores.



luah negra


12 de fev. de 2015

Nova modalidade de Dono: “O Dono babá”


Submeter-se é entregar-se para ser aprisionada e usada ao bel prazer do Dono, como objeto sexual, inclusive. Sim, submissão é a entrega para infinitas práticas lindas e deliciosas. 
Mas, eu pensava aqui, se a submissão se resume à apenas isto? Claro que não, a submissão extrapola para além das práticas que nada têm a ver com sofisticação, beleza ou sedução. 


Como gosto de quebrar as certezas das coisas, e faço isto sempre comigo mesma, não importa o que vá ganhar ou perder depois, te faço uma pergunta. Pense bem antes de responder e seja absolutamente honesta consigo mesma:

_Você concorda que a submissão transcende a tudo isto? Se concorda então, ela também é:
- Aliviar o peso dos ombros do Dono.  
- Fazer o trabalho pesado para que Ele não se canse. 
- Ser alegre, brincalhona, às vezes meio palhaça, pra fazê-lo gargalhar. 
- Ser sua cúmplice em QUALQUER tipo de prazer


É, minha amiga, submissão vai muito além daquilo que pode entender nossa ainda tão pequena compreensão. De minha parte, é tudo que citei acima e irei além: carregarei sempre as malas do meu DONO, abrirei a porta do carro para ELE entrar e sair e, a menos que não seja SUA vontade, estarei no mínimo dois passos atrás dELE... em todos os sentidos. 


Do lado oposto desta escrava submissa está uma que reclama sempre. Reclama e exige.  Sua visão é completamente equivocada... Ela é míope para submissão. Só para ilustrar, uma das coisas que ela sempre diz é: 
“Quero um Dono que só queira a mim. Que me proteja. Que cuide de mim.”
E eu te pergunto:
_Que droga é esta? Isto é uma inversão de valores. Não é ela que serve ao Dono. É o Dono que está aos serviços dela. 

Ah... me desculpe, mas submissa que diz: Quero um Dono que cuide de mim, devia virar Domme e ter um escravo. Você não acha???



Que peso é este que ela coloca nas costas dele? Será que ela ainda não descobriu que, não obstante uma aparência frágil e delicada, a verdadeira submissa tem que ser uma mulher forte?
Não é ela que se equilibra sobre o Dono. É ele que se apóia nela. Ela é o chão e ele pisa sobre ela. Se ela não estiver firme irá tremer e, se isto acontecer, ele pode se desequilibrar e cair.

Era só o que me faltava... Submissa querendo dono que cuide dela... Pois então que coloque um anúncio no jornal com o título:


“Procura-se uma babá”

Amar Yasmine
a escrava encantada do
SENHOR DIABLO