12 de fev. de 2017

Encantamento


Na opinião desta submissa que escreve estas linhas, vivenciar o BDSM não é apenas as práticas em si feitas isoladamente é um todo, a plenitude da essência BDSM.


É a fronteira do caminho para sexualidade para o erotismo, da intimidade, do outro lado do muro das convenções (se é que se pode falar em convenções). Se deixar levar pelo encantamento do Dominador. Sentir cada golpe como um processo intimo de transformação.

Tem também o cuidado, proteção, confiança, cumplicidade, e as atitudes do Dom e da submissa, está como figura passiva, em qualquer relação BDSM principalmente em uma D/s as práticas são o ápice e fazem parte desse todo. Um ciclo inquebrável que se completa.

As conversas, as sedutoras palavras escritas que soam como música orquestrada pelo Dominador (Ele) mostrando muitas vezes as faces de um sádico. Ensinando, instigando o conhecimento e o próprio (re)conhecimento como fêmea, observando cada passo, tendo a sensibilidade de conhecer esta vadia, de compreender esta puta, de se comprometer, isso encanta a mente desta fêmea e faz o corpo dela desejar transpor os limites. Não existe Dominador perfeito para submissa e sim o Dominador certo.


Aquele que quebra paradigmas que vai abrir  o caminho para o mundo de prazer, de redenção e rendição que jamais pensou esta primitiva que fosse possível.

Esta vadia aqui, testemunha em muitas redes sociais as pessoas colocarem em seus perfis que BDSM como estilo de vida mas na maioria das vezes apenas vivem, entre quatro paredes, isso para esta puta não basta. Ela não julga os que desejam e buscam essa forma de prazer. Mas para esta cadela saborear o controle no Dominador e sentir que entrou na parte emotiva, e na alma, vida desta, e que diariamente moldando a vadiagem, tornando inebriante e quase um vício.

Esta vadia já pensou de diversas formas diferentes até chegar em consenso de ideias ou dos valores que é construindo lentamente durante a trajetória desta puta dentro desse universo é lógico que tudo pode mudar, P/precisamos ter a mente aberta, sermos sagazes.

Por fim, esta vadia vê que no meio de tudo, S/somos homens e mulheres, somos criador(Dominadores) e criaturas(submissas) buscando, libertação dos tabus através da submissão e do Domínio. Em uma procura insana por si mesmo.


primitiva - rastejando, sentindo a força de um domínio


primitiva schanna



4 de fev. de 2017

Casa da Mãe Joana???



"Casa da mãe Joana é uma expressão popular que significa "o lugar onde todos mandam", sem organização, onde cada um faz o que quer."

E então, pergunto:
O BDSM é a casa da mãe Joana?
Eu mesma respondo: Não, não é!

E alguém perguntaria:
E quem é você, cara pálida, para dizer isso? Acaso é a síndica? A gerente, a dona do "estabelecimento"? A detentora de todas as verdades? A manda-chuva do BDSM?

Não sou dona de nada, nem de mim, já que pertenço a outra Pessoa. Mas defendo e defenderei sempre aquilo que me encantou justamente por ser diferente, por me dar uma vivência diferente da banalidade, hierárquica, injusta às vezes, difícil mas plena e prazerosa e que faz meu sangue correr com mais paixão nas veias. Não quero perder isso e então, repito: O BDSM não é a casa da mãe Joana!

Tem regras? Tem sim. E quando se começa a ignorar essas regras em nome do "meu BDSM" é que a coisa vira bagunça e fica perigosa porque onde não há regras pode-se fazer qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo. E aquelas submissas que defendem a falta de regras deveriam estar muito atentas a isto, ao que estão defendendo. 

Tem liturgia? Tem sim! É isso que o torna diferente de outros tipos de relações. Muitos não gostam da liturgia, acham uma palhaçada e estão no seu direito. Mas para quem acha que liturgia são só cerimônias cheias de aparatos, estão enganados. Muitos que dizem desprezar a liturgia querem que suas submissas beijem seus pés, suas mãos, que os chamem de senhor, que ostentem suas coleiras e isto também são pequenos atos litúrgicos porque, como já disse antes e vou repetir, uma relação hierárquica já carrega em si uma liturgia implícita imposta pelo respeito, que demanda uma série de comportamentos específicos que nada mais são que pequenos atos litúrgicos do dia a dia. 
Então, quem condena a liturgia mas faz uso destas coisas está apenas sendo bobo.

Tem fetiches? Tem sim! E são os mais variados porque fetiches são infinitos, é aquilo que faz a cabeça (e o tesão) de cada um. Mas atentem para o fato de que todo BDSMer é um fetichista e nem todo fetichista é um BDSMer. O que diferencia um e outro? Meu primeiro Mestre, um grande Mestre diga-se de passagem, me ensinou que o que diferencia o BDSM de outras relações e/ou de simples fetiche é "o jogo do poder". Mais especificamente, "o jogo da transferência de poder".
Então, quando você for tripudiar uma submissa, lembre-se que ela joga o jogo do poder como ninguém, que faz essa transferência como ninguém, logo, está sendo BDSMer como ninguém, inclusive, muito mais que você que a tripudia chamando-a de fantoche, boneca inflável, acéfala e outros nomes "carinhosos" que costumam atribuir.

E finalmente, BDSM é um conjunto finito. O acrônimo é autoexplicativo: Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo, ou seja, tudo no acrônimo sugere hierarquia, transferência de poder, então, se você quer ser daddy, baby, brat, pet, podo mas não quer jogar o jogo do poder, você é fetichista e não BDSMer. O BDSM não contém todos os fetiches, ao contrário, está contido no fetichismo. Este é o grande equívoco que cometem.
A confusão se dá porque desde o Fetlife as pessoas confundem as denominações fetichistas que lá estão (sim, pois o Fetlife é um site fetichista que abarca também os praticantes de BDSM e não o contrário) e algumas pessoas, desavisadas, fizeram uma tremenda confusão utilizando essas denominações sem no entanto estarem dispostas ao jogo de poder que o BDSM impõe.

E por que não se definirem exatamente como são? Por que fazer tanta questão de ser BDSMer a qualquer custo mesmo sem estarem dispostos a esse jogo de poder? Nem Freud explica mas seria muito mais fácil se cada um se assumisse exatamente como é.
E por que digo isso? Porque o BDSM é um universo paralelo onde as vivências são diferentes, onde as regras do mundo aqui fora não estão vigentes a não ser o respeito e o cuidado com os demais e com essa balbúrdia, tudo isto está acabando. Está virando mesmo a Casa da Mãe Joana.


{Λїta}_ST
Feliz Propriedade do Senhor da Torre





20 de jan. de 2017

Submissão Concedida

Alô amigos praticantes, simpatizantes ou simplesmente curiosos que nos visitam abrilhantando este espaço e fazendo do mesmo uma referência para quem está ou procura se enveredar pelos caminhos do BDSM...

Em primeiro lugar cabem nossas desculpas por estarmos há um tempo sem postar; o tempo voa para nós também. Entretanto, ainda é hora de desejar um Feliz 2017 aos nossos leitores pois o ano  apenas inicia... e que ele siga também com muitos prazeres, afinal, nós os buscamos no BDSM.
E por falar em prazeres temos uma notícia boa: o relançamento do livro Submissão Concedida de Mestre Jota SM.


Para quem não conhecia "a primeira edição de Submissão Concedida foi lançada em 2004. Uma produção independente que se esgotou em poucos meses, tornando-se uma raridade que hoje chega a ser vendida por até R$ 250,00. Diante do fechamento da editora, por anos a comercialização se deu por meio de cópias xerox a preço proibitivo, mas mesmo assim a procura continuava.

Passados doze anos, chegou a hora da segunda edição atualizada e ampliada. A história e o roteiro são os mesmos, mas diversas cenas foram revistas e novas práticas incluídas. O tempo passou e a modernidade exigiu uma revisão: A primeira edição não contava com WhatsApp e ainda existia o ICQ; as cadeiras no cinema não eram reservadas e nem o orkut havia sido lançado, quanto menos o Facebook. Tudo isso foi revisto nesta nova edição.

Mas o livro continua bem expondo, tentando esmiuçar, todo o maravilhoso universo de possibilidades e fantasias infindáveis do BDSM - sigla para Bondage (arte de amarrar) e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo.

Fugindo da linguagem vulgar, relata a história da relação entre uma escrava e seu Mestre, desde a descoberta de sua submissão e prazer com a obediência e dor, passando por todas as experiências e evoluções gradativas, até tornar-se uma escrava em entrega total sem limites a seu Dono.

E para que qualquer leitor ou leitora possa se identificar com os protagonistas, os mesmos não tem nomes nem lhes é definida qualquer característica específica, tais como idade, origem, estado civil, tipo físico ou nível sócio-econômico-cultural.

Desta forma, o leitor pode mergulhar no relato que o Mestre e Dono narra para sua escrava submissa, de todas as situações, sensações e sentimentos por ela vividos e sentidos nesta sua longa jornada.

E assim, quem sabe, embarcando nesta aventura cheia de sedução e erotismo, descobrindo e explorando as delícias do BDSM, seja como Dominador, escrava submissa ou até mesmo como curioso; relevando preconceitos, tabus e moralismos sociais; medos e reservas pessoais, você possa, após um previsível incômodo inicial e com tantos momentos de perplexidade diante de algumas cenas, descobrir que dentro de si também brilham o dom e desejo BDSM que necessitam apenas ser conhecidos, assumidos e lapidados.


Enfim, bem-vindos ao universo do BDSM."







16 de set. de 2016

Em defesa do homem com H




Certo dia um amigo me contava, bem humorado, que enquanto dirigia recebeu um telefonema da namorada. Acontece que ele estava com o GPS ligado e ela, ouvindo pelo cel a voz de mulher dando instruções  do destino, confundiu tudo e disse, aos berros:
_ Quem é essa vagabunda que está no carro com vc???? Me diga agora, quero saber quem é a piranha que está no seu carro!!!
Parece engraçado. Ele achou engraçado. Contou a história com um sorriso, na certa achando engraçadinho esse arroubo de ciúmes da namorada. Eu não.
Fiquei pensando a que ponto mulheres estão chegando com essas neuras, ciúmes e desconfianças. Em que estão transformando esses homens com quem se relacionam.
Esse "causo" real contado aqui, assim como as plaquinhas que escolhi para ilustrar esta postagem, são apenas reflexos de algo que vem acontecendo seguidamente em nossos dias.
Estamos respeitando os homens com quem nos relacionamos? É este tipo de homem que realmente queremos ter ao nosso lado?
Um capacho, sem iniciativa, sem liberdade, sempre pronto a fazer nossa vontade e a nos OBEDECER?



A coisa é mais grave do que parece porque eles estão aceitando isso e por partir de suas mulheres, namoradas, amantes, etc, acabam achando "bonitinho". Acabam achando graça da situação como o amigo que me contou o caso sem pensar que ele está, sem perceber, transformando-se em um fantoche que, em breve, não será mais dono de sua própria vontade... talvez nem de seus pensamentos. 
Imaginemos que a "vagabunda" no carro desse meu amigo fosse a mãe dele, uma irmã, uma tia, uma colega de trabalho a quem ele deu uma carona...
Ele não percebe, mas está sendo proibido de dar uma carona, a não ser que seja quem a namorada PERMITA. Parece certo? E a dignidade deste homem, onde fica? 
Assim como o carro, celulares são vigiados, listas de contatos, o tempo que ficam no whatsapp, as pessoas que adicionam nas redes sociais, as saídas com amigos, ou seja, estão tomando posse desses homens, tirando-lhes a liberdade e, por que não dizer, a dignidade da masculinidade que tanto gostamos de apreciar.



Não se trata aqui de direitos, de quem tem mais ou menos; trata-se de RESPEITO. Respeito à individualidade, à privacidade, o direito a ser um indivíduo único, com suas peculiaridades, seus gostos, suas manias, seu segredos. Por que não? Todos os temos.
Qualquer dúvida deve ser resolvida com diálogo e confiança. Na falta dela talvez seja o caso de repensar a relação. Invadir a privacidade, ferir a dignidade do outro não resolve nada e não é solução; é problema.
Não tenho nenhuma autoridade para falar no assunto, não sou psicóloga mas pode ser que este homem, aniquilado em sua hombridade, vá procurar curar-se buscando justamente o que? Sexo.
A verdade é que estes comportamentos dizem muito mais sobre nós que sobre eles. Por que estamos tão inseguras? Por que nos achamos tão desinteressantes? Não seria melhor tratar de melhorar nossa autoestima em lugar de tentarmos arrasar com a dignidade desses homens com quem nos relacionamos transformando-os em capachos, em fantoches prontos a nos obedecer?
É óbvio que o que relatei aqui são problemas que acontecem nas relações baunilha.



E em nosso meio BDSM, isso é diferente?
Vocês me responderão sem pensar que sim, claro que sim! Queremos homens fortes, dominadores, cheios de poder para admirarmos e nos orgulharmos de pertencermos a eles e nunca faríamos isso! Será mesmo?
Será que você, submissa, não está agindo igual quando vigia o tempo que seu Dono passa no whatsapp para cobrar e perguntar com quem ele estava falando?
Será que você, iniciante, ao fazer sua lista cheia de exigências para aquele a quem irá se entregar não estará fazendo o mesmo?
Será que vc, escrava, que ameaçou tirar a coleira porque seu Dono adicionou aquela "vadia" na rede social, não estará agindo igual?
E aquela que criou um perfil fake para vigiar os passos do Dono?
Penso que não é tão diferente assim. É preciso uma tomada de consciência, um mergulho no fundo dessa questão antes que, em lugar de Donos, namorados, maridos, companheiros tenhamos cãezinhos adestrados prontos a nos obedecer.
É este o tipo de homem que queremos?


*Devido a algumas confusões acerca do título desta postagem, a autora esclarece. "Em defesa do homem com H" é uma defesa à IDEALIZAÇÃO do homem que imaginamos; aquele que é dominante, seguro, que transpira masculinidade e que nos transmite sensação de segurança.
Ficam excluídos quaisquer outros tipos de defesa por não serem  da minha alçada e interesse.



{Λїta}_ST





5 de ago. de 2016

Reflexões de uma submissa



Você está preparada (o) para ser submissa (o) ? Você é forte o bastante para se oferecer por inteiro?

Está preparada (o) para esperar um dia, dois dias, uma semana um mês ou uma eternidade pelo seu Dono (a) ?

Está preparada (o) para escutar o silêncio do Dono (a) ?

Está preparada (o) para realizar todos os desejos do Dono (a) mesmo sem esperar nada em troca e se sentir feliz por isso?  

Está preparada, para abdicar de suas vontades?.

Você está preparada (o) para ter hematomas e marcas no corpo e na alma que podem nunca mais sair?

Você está preparada (o) para não ter o controle? Está preparada para se oferecer por completo, rastejar se for preciso, pedir e até implorar para ficar aos pés do Dono (a) ?

Você está preparada (o) para ser amarrada e perder ali o controle de sua própria vida entregando-a ao Dono (a) ?

Você está preparada (o) para ser vendada e simplesmente não enxergar nada e não saber de nada o que acontece em sua volta, está?  Está preparada (o) para perder a fala em uma mordaça que sufocará bem mais que sua voz?


Está preparada (o) para ser objeto, brinquedo de seu Dono (a) na hora e no lugar que Ele (a) desejar?

Você como submissa (o) já parou para pensar que vai ser expor, mesmo que seja discreta e que alguém de sua família pode descobrir seu estilo de vida ?.

Você está preparada (o) para isso?

Você submissa, escrava está preparada para para ser o espelho do Dono? Saber falar na hora certa  e também se  calar para não ferir a imagem do Dono? Ter postura  diante do meio BDSM ser educada e correta  com todos a sua volta, pois saiba que todos estão te observando?

Aqui no meio BDSM somos, o que falamos, somos o que fazemos, portanto a conduta é muito importante, sempre saber tratar com todos e inclusive  observando o grau de hierarquia, está preparada para tratar os Senhores e Senhoras com cordialidade ?

Você que deseja ser submissa esta preparada (o) para deixar o Dono (a) entrar em sua vida como uma avalanche e que mesmo que deseje parar não irá conseguir por que sua essência falará mais alto, está preparada (o) para isso também?

Você está preparada (o) para se calar em algum momento que deseje muito falar e que seu choro, sua dor e tudo que envolve essa relação vai te fazer estremecer de prazer ou “morrer” de amor, está preparada (o)?


Você está preparada (o) que em um dado momento, por mais que procure a luz só encontrará a treva?

Está preparada(o) para ser surrada, sufocada, humilhada e amarrada, e que pode até sangrar por dentro e também por fora, mesmo que depois venha os cuidados, a proteção e o afago, mesmo assim você está preparada(o) ?

Tem certeza que está preparada para abaixar a cabeça e aceitar “tudo” que o Dono(a) disser?

Está preparada(o) para ser castigada tanto fisicamente quanto psicologicamente, Tem certeza que está preparada para isso?

Está preparada(o) para chorar, mas chorar muito mesmo?

Está preparada(o) para ver o Dono(a) com outra?


Está preparada para ver o Dono(a) ir embora e sentir um aperto que parece que vai sucumbir? Está preparada para isso?

Está preparada para sentir emoções e sensações, na pele, no coração e na alma, tão fortes e que jamais tenha sentido e que podem ser boas, mas também podem ser ruins?

Está preparada para lidar com seus próprios sentimentos ( não enlouquecer, não surtar,não entrar em pânico) mesmo que isso seja responsabilidade do Dono(a) Ele não poderá fazer tudo sozinho, você também precisa se cuidar, está preparada para isso?

Esta preparada breathplay (asfixia), wax play (velas), needleplay (praticas com agulhas) fisting (pratica de introduzir a mão na vagina ou no anus) dogplay (prática onde a submissa assumiu o papel de cachorro agindo como tal) chuva dourada ou goldem shower (pratica de urinar sobre a submissa) mumificação (ato de mumificar a submissa através de gazes fitas ou cordas) entre outros, mesmo que tudo isso seja em busca do prazer e seja consensual, mesmo assim você está preparada para isso?

BDSM pode ser um jogo perigoso (principalmente para quem  não sabe jogar) Já pensou nisso, está preparada (o) ?

Pense é sua vida, e não estamos em um castelo encantado e certamente não encontraremos príncipes, tudo pode acontecer, está preparada (o) ?

Está preparada, para levar tapas na cara, cuspidas, ser mijada, ser totalmente envolvida por cordas, fitas e tudo que o Dono (a) desejar e ser chamada de vadia, cadela e tudo que um envolve uma sessão, mesmo que tenha medo seguir enfrente por que desejas se serva e da orgulho ao Dono (a), está preparada (o) ?

Está preparada para ler pilhas de textos e aprender cada dia uma coisa, descobrir todos os seus limites e ultrapassá-los um a um com a ajuda do Dono (a).


Está preparada para quando Ele finalmente chegar e você escutar o som do coração bater bem forte, sentir sensações extremas e conflitantes, deixar fluir a sua essência da submissão que existe em você, está preparada (o) ?

Você está preparada (o) para pedir conselhos para submissas mais experientes se precisar e ser humilde para aceitar as opiniões mesmo que não seja aquilo que deseja ouvir?

Você está preparada (o) pra carregar mais que uma coleira física, mas uma coleira emocional que pode ficar em sua alma pra vida inteira?


Você realmente já pensou em tudo isso?

Se já, parabéns  você está  (o) em  um delicioso Universo  chamado BDSM.

Shanna sub




16 de jul. de 2016

AINDA LEMBRO

Lembro-me de um tempo em que o BDSM primava por uma Elegância, a Elegância do Comportamento. Era o tempo de glamour onde a imagem era muito importante e não bastava vestir a fantasia, era primordial vivê-la. Havia um encanto.
Lembro-me de um tempo em que a Liturgia tinha um forte significado. Não falo de uma Liturgia restrita a esta ou aquela senzala, mas da Liturgia que imperava no âmbito BDSM. A simbologia de um Dress code, o código de sinalização Esquerda/Direita indicando a posição Top/sub. Os Contratos e Registros. Até mesmo a Coleira que simboliza o compromisso e a posse, seja real, ou virtual, está cada vez mais rara.
O BDSM também tem os seus Protocolos e Formalidades
Tudo era mais sentido e palpável, havia um comprometimento maior! Participava-se de discussões, opinava-se mais, ensinava-se e aprendia-se.
A postura dos submissos era entendida como um reflexo da mão Dominante. A postura do submisso enaltecia a imagem do Top. Havia uma atenção em relação ao comportamento, não apenas nas plays, mas também no meio virtual.
Havia um quê de confraria. Já vi Top defender uma escrava encoleirada, ainda que não de sua propriedade, do assédio de outro Top, ou que assim se intitulava, apenas por uma questão Ética.
Em nome de uma pseudo modernidade, essa necessidade de simplificar tudo, até mesmo o essencial, o básico foi diluído, os alicerces condenados. Uma abertura excessiva também contribui para isto. A casa prestes a ruir.
Perdemos a essência!


Não é uma simples questão de saudosismo, preconceito, ou aversão ao novo; o fato é que muito da essência do BDSM vem, há algum tempo se perdendo.
Os recém chegados, em grande parte, não vivenciaram este momento, não conheceram esta realidade. Como poderiam exercê-la? E quem poderia, ou mesmo deveria manter e passar-lhes estes preceitos?
Essa descaracterização não acontece apenas aqui, no nosso “mundinho de quatro letras”. Há sim, uma tendência de toda a sociedade em simplificar coisas importantes como alguns valores, o que os torna quase descartáveis. Não é o que se faz, mas como se faz.
Falta conceito. Decorrente de tal situação, muita gente afastou-se das listas e agora das redes sociais. O que é visto apenas como renovação, esconde um esvaziamento da Cultura BDSM que se vê na mídia Web.

Werther von AY erschaffen


* Texto postado originalmente no blog WERTHER e {W_[amar yasmine]} em 05/07/2016 e gentilmente cedido pelo autor para ser publicado neste blog.






10 de jun. de 2016

SOBRE SUBMISSÃO


Sobre submissão, um dia eu disse:

A submissão não é apenas um fetiche
Ou um estilo de vida
A submissão é uma religião

E o amor submisso, o que é?

O amor submisso é o amor entregue
Desinteressado pra si mesmo
Ele é paciente e é feliz

Muitas pessoas não entendem. Há quem ria, deboche, há quem duvide... Fazer o quê se assim é o ser humano?

Lendo Paulo de Tarso, em Coríntios 13, encontrei algo que fez meus olhos brilharem e me deu a certeza de que devo permanecer neste pensamento:

4 O amor é sofredor, é benigno; O amor não é invejoso, não se vangloria, não ensoberbece;

5 não se porta inconvenientemente, nao busca seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;

7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta;

Assim, imersa no amor submisso, acresço às palavras de Paulo de Tarso apenas mais um pensamento:

Não preciso entender 
aquilo que seu pensamento me ordena, 
preciso apenas obedecer.

Portanto, meu Dono,
irei onde sua vontade determinar que eu vá,
serei aquilo que desejar que eu seja,
esperarei pacientemente
e absolutamente feliz,
pois assim deverá ser o amor submisso.

E pergunto à mim mesma: 

_Por que motivo, confusa criatura Amar Yasmine, escrava do Senhor Werther von AY erschaffen, você pensa, pensa, pensa... perde noites de sono pensando e tantas vezes não pratica aquilo que cuidadosamente concluiu?

E respondo entre lágrimas, envergonhada, de cabeça baixa e olhos no chão:

_Porquê sou humana. 


{W_[amar yasmine]}



26 de mai. de 2016

Como o BDSM entrou em minha vida.

Em 2004 me indicaram uma leitura que muito me surpreendeu e que me deixou curiosa, e como não dizer excitada: "Falsa submissão".
Por incrível que pareça ao ler outro livro do gênero "O diário de uma submissa", 11 anos depois, foi que descobri a sigla BDSM. 
E foi assim que comecei a trilhar um caminho sem volta.
Atravessei o portal e o medo naquele momento tomava conta de mim. 
Tentava de todas as formas me compreender e tentar desvendar aonde me encaixaria nesse mundo intenso.


Fui assediada por ser novata e inexperiente. Vivi momentos de incertezas e indecisões sem saber que caminhos seguir. Precisava imensamente de conhecimento do meio, de me autoconhecer e de me revelar. Mas como? 
Esse mundo cheio de pluralidade me fascinava... mexia comigo de uma forma inexplicável.
Eu sempre gostei muito do ato sexual de certa forma, me sentir "livre". Mas também me sentia presa a algumas convenções que suposta e erroneamente faziam com que a liberdade fosse tolhida perante a sociedade .


Então quando me vi nesse mundo imaginei que seria uma experiência prazerosa. Contudo ainda não atentava para me auto preservar. Queria "tudo" e queria rápido. 
Foi então que comecei a descobri que não era bem assim, que era algo maior, algo que estava invadindo minha vida como uma avalanche. Não paravam de cair terras e pedras que me machucavam. Mas não me fizeram parar ou desistir. Encontrei motivos para ficar e os véus, um a um se desvelaram.


Compreendi que  tinha que abrir o cadeado da minha submissão e deixar fluir, contudo, tudo isso não é fácil, tropecei muito. Pelo menos comigo foi assim, o que não quer dizer que com outras vai ser do mesmo jeito, pois cada um é cada um. 
Cada gesto nosso, cada  palavras e atos são observados.


Bem, continuo a caminhar passo após passo. Não espero que me compreendam e entendam minhas mazelas BDSM.  Mais do que isso, é um modo de querer viver e se realizar vivendo.
BDSM é brilhante, transparente  verdadeiro, dinâmico, intenso e dolorido. Seguro (para quem sabe praticar), protetor, saudável e de máxima intensidade.
Significa (BDSM - bondage, e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo, esse significado está disponível em livros e sites do gênero).


Encontrei alguns mal intencionados pra dar o bote e abocanhar as desavisadas como eu. Depois de dar alguns passos encontrei o motivo para ficar como descrevi acima. Tive sorte ou foi instinto, sei lá. Encontrei alguém para compartilhar comigo tudo isso.
Me envolvi em minha primeira relação  (D/s). Vivi com toda  intensidade e com sentimentos, por que no BDSM, não pense que vai encontrar o primitivo amor baunilha. 


Aqui podemos ser dois, três ou mais. Não tenho medo de experimentar e ser feliz. Abri mão de meus desejos e vontades. Até no momento de partir de uma relação D/s abri mão das minhas vontades.
Dentro desse mundo encontrei pessoas que para mim seria até difícil falar sobre elas, por isso me reservo o direito de apenas guardá-las como um pequeno egoísmo meu. 
Olho para mim hoje e é como diz Clarice Lispector " O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido". Até a próxima.


 Schanna sub



11 de mai. de 2016

A DIVERSIDADE E A VERDADE DE CADA UM

O BDSM, ao longo do tempo, vem se metamorfoseando. O que era inicialmente definido em uma ótica muito crua e restrita, apenas o SM, evoluiu com a inserção das duas outras consoantes; isso, no meu entender, trouxe um sentido mais abrangente, significativo e apropriado, afinal o BDSM atual é muito mais do que reflete a dualidade Sadismo e Masoquismo.

O que temos atualmente inserido sob a égide dessas quatro letras é uma infinidade de Fetiches e Comportamentos, que desde a época das listas até hoje, nas redes sociais, tem sido motivo de constantes questionamentos, pareceres e discussões. O BDSM ficou departamentalizado, embora não se trate de “setores estanques”.


Com bom senso e respeito, consegue-se permear por estes e conviver com as diversas opiniões, sem choques. Aliás, choques é o que não falta por aqui.
O BDSM passou a ser como a impressão digital. Cada um tem a sua, mas todas com aquelas ranhuras e linhas concêntricas como significado de “uma só essência”.

Apesar dessa diversidade, temos algo em comum, que deveria ser um fator de união.
Somos considerados diferentes; somos (todos) a exceção. Somos contracultura.
Somos estereotipados, criticados, marginalizados... E outros tantos “ados”. Além disso, não temos visibilidade social, como há em outras “civilizações”, especialmente na seara norte-americana, ou na europeia.

Por aqui, os conceitos da moral vigente não permitem que sejamos respeitados e entendidos como um grupo de pessoas normais, que trabalha, paga seus impostos, assume responsabilidades, etc. Há o “status quo”, de uma falsa moralidade, impregnado na mídia, que permeia a sociedade cerceando a visão, o entendimento e a razão.


Neste ponto, até que o contestado "50 Tons de Cinza" serviu para mostrar que existimos e que não somos um bicho de sete cabeças, ou a besta do Apocalipse. É muito certinho e bonitinho, é bem romanceado, mas tem lá o seu valor; afinal o BDSM real não exclui a passionalidade.
Muito das relações primam por esta vertente. A gente se apaixona por aquilo que faz, ou pelo outro lado, seja a pessoa, o personagem, ou ambos.
Quanto a mim, jamais saí totalmente ileso de uma relação, nem tenho a pretensão de que isso aconteça.


Penso que certas coisas na vida não admitem o meio termo, ou você entra inteiro, ou é melhor não se aventurar. Por outro lado algumas flores têm espinhos, então...
Amo ao que tenho e principalmente ao que conquisto; então a minha escrava não seria a exceção.
É assim: O BDSM tem os bônus e também os ônus!
Mesmo assim, sou daqueles que acreditam que o melhor é manter o BDSM na obscuridade, pois quanto maior for sua exposição, maior será a pressão. Isso sem contar com o assédio de curiosos, e pior, dos arautos da hipocrisia, que sempre aproveitam para criticar.

Eu gosto é assim, na obscuridade, no gueto. O BDSM é fascinante, e continua fascinante mesmo depois de tanto tempo. Por que há pessoas fascinantes, essa é a questão. Pessoas inexpressivas, que não fascinam, simplesmente desaparecem com o tempo. Aqui não é diferente do que ocorre na natureza, há sim, uma seleção natural. A força de cada um está na sua autenticidade e só os autênticos sobrevivem.

Certamente a metamorfose do BDSM não chegou ao fim, as combinações das quatro letras tem um limite, mas não a imaginação e a criatividade do ser humano, ou a diversidade de novos e inimagináveis comportamentos. Conviver nessa verdadeira galáxia, em que todos brilham é fácil, basta ter a noção do próprio brilho e respeitar os demais.


Werther von AY erschaffen


*Texto publicado originalmente no blog WERTHER e {W_[amar yasmine]}, em 10/05/2016.




16 de abr. de 2016

A Negociação


Na comunidade BDSM, a negociação é o tempo utilizado para conhecimento entre as partes, Dominante e submissa, que pretendem assumir uma relação D/s  e onde são feitos os acordos sobre as bases desse futuro relacionamento. Em conversas que podem ser virtuais, via telefone ou pessoalmente, as partes vão se conhecendo mutuamente e tomando ciência dos anseios, objetivos de cada um.
A negociação é uma etapa importante para quem vai iniciar uma relação de Dominação/submissão. É nesse tempo de conhecimento e muita conversa que  as partes firmam acordos sobre como a relação será conduzida: as práticas a serem utilizadas pelo Dominante, os limites da submissa, os direitos e deveres de ambos, o que esperam um do outro dentro da relação, a forma de tratamento a ser usada, a postura que a submissa deve assumir enquanto servir ao Dominante, o tempo que cada um tem para dedicar ao outro...   São inúmeros os itens a serem considerados nesse momento e é preciso total transparência de ambas as partes.


A importância da transparência na negociação

O Dominante, que vai usar a submissa, precisa estar ciente de detalhes de sua vida, de sua saúde, do que está disposta a experimentar, do que lhe causaria dano físico ou emocional, do que lhe causa medo ou pavor, do tempo que poderá disponibilizar para o Dono em virtude de compromissos de trabalho, família, etc.
Deve, também, explicitar o que deseja dela, de que forma quer ser servido, que práticas pretende utilizar e ser também transparente nas informações sobre si mesmo para gerar na submissa a confiança necessária.
A submissa, por sua vez, deve informá-lo de tudo isso com total clareza, sendo verdadeira e humilde, reconhecendo e expondo seus limites.
Inúmeros são os casos de submissas que, para impressionar o Dominante, colocam-se em risco dispondo-se a fazer práticas das quais não têm conhecimento ou não têm capacidade física ou emocional para praticar. E o resultado são traumas que podem ser levados para o resto da vida. Por isso é importante ser verdadeira e expor seus desejos mas também seus receios e inseguranças. O bom Dominante saberá compreender e aceitar, ou levá-la a despir-se desses medos para que possa servi-lo da maneira que deseja.
Para tal, reafirmamos, a conversa durante a negociação precisa ser clara e franca, com cada uma das partes colocando o que espera do outro,  respeitando-se as bases hierárquicas da relação.
O estado civil dos parceiros, se estão livres ou se têm relacionamentos baunilha ou mesmo outra relação D/s (no caso específico dos Dominantes), não deve ficar de fora. São detalhes que irão influenciar diretamente o relacionamento em relação a disponibilidade de tempo e comprometimento e por isso devem ficar claros.


"A pressa é inimiga da perfeição".

Esse dito popular vale em muito para as negociações no BDSM. Quanto mais as partes se conhecem, mais chances têm de estarem sintonizados um como outro, vindo assim a ter uma relação mais satisfatória para ambos.
Algumas pessoas, ansiosas por iniciarem a D/s, pulam a etapa da negociação e depois da relação iniciada descobrem que têm pouco ou nada em comum. E assim, a relação caminha rapidamente para o fim.
"Ele não é um bom Dominador" ou "Ela não era submissa o suficiente" são frases comuns quando uma relação assim termina. A verdade é que não se deram o tempo necessário para se  conhecerem e só depois descobriram que seus anseios  não estavam em sintonia. Ocorre aí um choque entre o que um espera e o que o outro pode ou quer dar, conflitos de opiniões, diferenças de objetivos, níveis diferentes de maturidade sexual ou de preparo para a vivência do BDSM, incompatibilidade de horários, entre outros,  o que levará o relacionamento ao fim gerando frustrações, inimizade e acusações de ambos os lados.


Cuidados durante a negociação

Quando você decide ter uma relação D/s está disposta a ser posse de alguém. Para isso, negociará com essa pessoa e ao fim da negociação, ocorre a entrega, a sua, ao Dominador tornando-se assim,  posse dele.
Você realmente já se imaginou sendo posse de alguém e em que tudo isso implica? Provavelmente não.
Ser posse de um Dominador significa que ele tornou-se seu Dono. Você entregou-se a ele de uma forma ampla e se colocou disponível em corpo e alma. É uma coisa grandiosa a entrega.
Para que essa entrega aconteça você deve ter total confiança no Dominador. Para ter confiança é preciso ter conhecimento não apenas do Dominante, do quanto ele domina as práticas, de quantos anos de experiência tem no BDSM ou do quanto sabe manejar um chicote, mas do homem por trás do Dominador, do seu caráter, sua vida.
Não são raros os casos de submissas que entregam-se sem ao menos saberem o nome real do Dominante. Nada sabem sobre sua vida, seu trabalho, onde moram...
Se você acredita que isso faz parte da submissão, saiba que não! Se vai entregar-se a alguém e colocar seu corpo e sua vida nas mãos de outra pessoa, mesmo que para um jogo de prazeres, nunca o faça para alguém que não confie em você o suficiente para lhe contar também detalhes de sua vida.
A confiança deve ser recíproca e, nesse caso específico, não há hierarquia.


Devo obedecer ao Dominante durante a negociação?

Quando uma submissa está negociando com um Dominador é comum que ele ordene que ela avise ao meio que frequenta que está em negociação. Esse aviso impedirá que outros Dominantes se aproximem na tentativa de também negociarem com ela. Durante a negociação o Dominante pode dar instruções à submissa de como proceder em relação a outros Dominantes e ao meio BDSM em geral, pois, uma vez que ela aceitou entrar em negociação, já está sob a guarda dele e deve seguir suas instruções.
Quanto a encontros, sessões ou mesmo sexo durante a negociação é da responsabilidade e consciência de cada um pois, sendo adultos, podem decidir consensualmente quanto a isto.
A negociação não tem um tempo definido, depende da vontade do Dominante ou do tempo que se leve até adquirir o conhecimento básico necessário entre as partes para que o relacionamento efetivamente se inicie.
A negociação termina quando o Dominante toma posse da submissa e dá a ela sua coleira, ou em caso de não se entenderem, dão por encerrada a negociação.


Manutenção dos acordos

Na relação D/s os acordos feitos na negociação devem ser mantidos. Alguns redigem contratos de submissão mas, por não terem valor legal, vale a palavra empenhada. Uma submissa que aceitou, durante a negociação, ter irmãs de coleira, não deverá mudar de ideia depois que a relação começa. Da mesma forma, um Dominador que prometeu exclusividade à submissa não deve, depois que a relação inicia, mudar de ideia e arrumar uma segunda escrava.
Entretanto, em se tratando de relações humanas, tudo é possível. Cabe, na intenção de alguma mudança nos acordos da negociação, o diálogo franco e honesto.
Por tudo isso é importante o conhecimento mútuo, não só da figura do Dominante ou da submissa, mas do caráter de ambos enquanto seres humanos, homem e mulher. Para isso é preciso tempo e empenho, não pular etapas e conter a ansiedade e a pressa.
Em nenhum tipo de relação homem/mulher é preciso tanto conhecimento um do outro quanto na relação D/s. Ali serão feitas práticas que envolvem riscos, serão experimentadas e vivenciadas fantasias e fetiches de toda ordem, o corpo da submissa será usado sem reservas pelo Dominador, portanto, é preciso grande conhecimento e confiança mútuas.


{Λita}_ST 
Feliz propriedade do Senhor da Torre


*Texto publicado originalmente no blog Uma Canção e Só, em 28/02/2016